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Foi adicionado a um grupo no Whatsapp para trabalho e dinheiro fácil no Instagram? “Esquemas de pirâmide” multiplicam-se online

Os esquemas em pirâmide que utilizam o WhatsApp e Telegram para contactar potenciais vítimas têm vindo a proliferar.

Jornal do Ave

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Certamente, já ouviu falar no jogo da pirâmide. Um amigo pede-lhe para entrar num grupo em que cada um tem de desembolsar 10 euros, para depois ver o lucro aumentar exponencialmente, desde que o esquema continue com a criação de novos grupos. Quando alguém falha, a “bolha” rebenta e ficam todos sem o dinheiro.

Com as novas tecnologias, o famoso jogo “saltou” para as redes sociais e aplicações de conversações, nomeadamente o Whatsapp. Estes esquemas têm vindo a proliferar e a tornar-se cada vez mais “profissionais”. Alguns, recrutam através do Linkedin para credibilizar o “negócio”.

Através dos contactos das vítimas, os burlões fazem uma abordagem no sentido de estar a recrutar para um serviço fácil e com ganhos rápidos através do Instagram, por exemplo. Normalmente, no caso de a vítima aceitar, é redirecionada para um outro grupo, já no Telegram, onde estão outros alegados trabalhadores.

Num dos casos reportados ao Jornal do Ave, o “trabalho” passava por ganhar seis euros por colocar três gostos em publicações no Instagram, podendo atingir um limite diário, de 60 euros, numa primeira fase. Se fizesse com regularidade, mais dinheiro ganhava. Bastava aceder a uma plataforma, externa ao Instagram, e continuar a colocar “likes”.

O problema, e o principal sinal de alerta, está no facto de o “trabalhador” ter de pagar uma quantia para a começar a trabalhar. Maria (nome fictício) fez transferências MBWay no valor de cem euros e tinha já acumulado um saldo de 960 euros. Foi-lhe proposto avançar um patamar no serviço, com a contrapartida de ter de “recarregar” a plataforma com 1680 euros para obter um lucro que chegaria quase aos 4000 euros.

Acabou por ser alertada a tempo de que estava a ser vítima de um esquema de pirâmide.

Um facto a ter em conta para desconfiar deste tipo de trabalhos é a “migração” dos contactos com o “recrutador” do Whatsapp para o Telegram, uma aplicação de conversação, que pertence a uma empresa diferente da do Instagram.

Também há esquemas que funcionam, exclusivamente, com criptomoedas, levando o “trabalhador” a instalar uma aplicação financeira e a converter dinheiro em criptomoedas.

João (nome fictício) também foi apanhado no esquema. Foi abordado por uma pessoa que falava inglês, que o contactava na sequência de um anúncio de emprego a que João respondeu no Linkedin. A proposta era simples: criar conta numa plataforma e avaliar, com 5 estrelas, diferentes uma aplicações de telemóvel.

Para o esquema ser mais verosímil, foi submetido a um teste que passou com distinção, o que o fez “ganhar” 50 USDT, valor em criptomoedas similar ao dólar, automaticamente carregados na plataforma. Começou a “trabalhar” e a acumular saldo, até chegar a um nível de “ganho múltiplo”. Aí, só conseguiria avançar se carregasse a plataforma com 100 USDT. Foi aí que desconfiou e acabou por sair. João apercebeu-se a tempo e acabou por não perder dinheiro, ao contrário de Maria, que ficou sem cem euros.

Burlas multiplicam-se e estão cada vez mais profissionais

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Os esquemas em pirâmide que utilizam o WhatsApp e Telegram para contactar potenciais vítimas têm vindo a proliferar, representando uma ameaça significativa para os utilizadores destas plataformas de mensagens. Estes esquemas são uma forma de fraude em que se promete ganhos rápidos e fáceis mediante a adesão de novos membros, mas, na realidade, os únicos que lucram são os que estão no topo da pirâmide.

Funcionamento dos Esquemas em Pirâmide

O esquema normalmente começa com uma mensagem no WhatsApp, onde o remetente, muitas vezes desconhecido, oferece uma oportunidade de investimento ou um negócio lucrativo. Os novos membros são obrigados a pagar uma quantia inicial, com a promessa de que serão reembolsados e ainda lucrarão quando terminarem de realizar a sua tarefa, que normalmente têm que ver com redes sociais, como o Instagram, ou aplicações móveis.

  1. Sinais de Alerta:
    • Promessas de ganhos rápidos e elevados sem esforço.
    • Necessidade de recrutar novos membros para obter lucros.
    • Ausência de um produto ou serviço real em troca do investimento.
    • Pressão para tomar decisões rápidas ou investir imediatamente.
    • “Trabalhar” para o Instagram, através do Telegram, que pertence a outra empresa.
  1. Como se Proteger:
    • Desconfiar de oportunidades de “ganhos rápidos”: Se algo parece bom demais para ser verdade, provavelmente é uma fraude.
    • Verificar as informações: Antes de investir ou aderir a qualquer esquema, faça uma pesquisa aprofundada e consulte fontes fidedignas.
    • Reportar a fraude: Se receber uma mensagem suspeita, pode denunciar o contacto no WhatsApp e reportar o incidente às autoridades competentes.

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