Santo Tirso
INDAQUA reforça investimento em tecnologia de monitorização da qualidade da água
A INDAQUA está a desenvolver uma metodologia inovadora de integração em modelos matemáticos, em tempo real, de informação da qualidade da água, identificando de forma muito célere as zonas afetadas por eventuais contaminações. Com esta nova ferramenta será facilitada a gestão de situações de emergência, minimizando o impacto das ações que são normalmente desencadeadas. O investimento no projeto “WaterQuality” ultrapassa já os 200 mil euros e foi reforçado, no último ano, para acelerar a procura de respostas para as crescentes ameaças a este recurso natural.
A qualidade da água distribuída pela rede pública tem, em Portugal, qualidade comprovada, classificada como “excelente” e como 99% segura pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos. Contudo, as ameaças ambientais crescentes a este recurso, como a poluição ou a escassez, fazem o setor procurar mecanismos que antecipem respostas técnicas para, no futuro, ser possível continuar a garantir aos consumidores a segurança da água que lhes é fornecida.
Foi neste contexto que a INDAQUA reforçou, no último ano, o seu investimento no “WaterQuality”, um projeto criado em 2019 para desenvolver um modelo de base tecnológica destinado a tornar mais eficaz e eficiente a monitorização da qualidade da água. A metodologia inovadora integra um complexo e completo conjunto de dados recolhidos ao longo das redes de abastecimento, permitindo detetar e localizar muito rapidamente zonas afetadas por eventuais focos de contaminação.
A constante análise destes dados permite ainda identificar, de forma mais visível e imediata, potenciais situações anómalas no decorrer do habitual serviço de abastecimento. Desta forma, torna-se possível atuar de forma mais rápida e eficiente quando existem situações de emergência, prevenindo ou contendo eventuais contaminações, o que contribui de forma determinante para assegurar a qualidade da água e salvaguardar a saúde publica.
“As entidades gestoras em Portugal têm já um rigoroso controlo de qualidade ao nível das melhores práticas europeias. Contudo, é fundamental tornar esse controlo cada vez mais eficaz e eficiente, o que depende da implementação de tecnologias que tornem as redes públicas de abastecimento mais «inteligentes»”, explica Pedro Perdigão, CEO do Grupo INDAQUA. “O trabalho que estamos a desenvolver com o «WaterQuality» é exemplo do reforço que a INDAQUA está a fazer, por um lado, na integração tecnológica e digitalização das operações e, por outro lado, no desenvolvimento de novas soluções que aumentem a resiliência do setor”, acrescenta.
O “WaterQuality” faz parte de um conjunto de projetos de Investigação & Desenvolvimento (I&D), em que a INDAQUA tem fortalecido a sua ação. Só no último ano, foram criados três novos projetos de I&D e alocada uma verba de mais 1,4 milhões de euros para o desenvolvimento destas áreas. Desde 2016, a INDAQUA totaliza 13 projetos e 4 milhões de euros de investimentos em Investigação & Desenvolvimento, comparticipados em parte pelo Sistema de Incentivos Fiscais à I&D Empresarial (SIFIDE) da responsabilidade da Agência Nacional de Inovação.
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