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V.N. de Famalicão

Inteligência Artificial é “oportunidade” para impulsionar a economia

Tema foi debatido esta terça-feira, no 5.º Fórum Económico Famalicão Made IN

Jornal do Ave

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A Inteligência Artificial tornou-se num tópico central e recorrente no dia a dia das empresas, dos cidadãos e dos territórios. De olhos postos no futuro, o Município de Famalicão quis discutir sobre a importância, o impacto e os desafios impostos pelas tecnologias emergentes no cenário empresarial, económico e social, no decorrer de mais uma edição do Fórum Económico Famalicão Made IN, promovido pelo município juntamente com o Jornal de Notícias/TSF.

Na abertura do encontro, que esta terça-feira lotou o grande auditório da Casa das Artes, o Presidente da Câmara Municipal, Mário Passos, afirmou que para que um concelho como o de Vila Nova de Famalicão – empreendedor, industrializado e qualificado – possa continuar a inovar e a evoluir, os seus atores – sejam empresas, universidades, centros de investigação, colaboradores, trabalhadores, estudantes – têm que se “acomodar com esta nova realidade, que é a Inteligência Artificial”.

O mesmo foi defendido pelo secretário de Estado da Economia, João Rui Ferreira, que considera que o concelho deve continuar a apostar no seu crescimento, como exemplo de “motivação e inspiração”, tendo todas as condições para se afirmar – tal como o restante território português – no desenvolvimento e na aplicação de soluções de Inteligência Artificial.

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Famalicão tem sempre um foco na inovação, no progresso, na ambição de fazer mais e melhorFoca-se não só naquilo que exporta, mas no valor acrescentado – fator fundamental para o progresso e desenvolvimento do país”, notou.

Além de ter um impacto transformador na vida das pessoas, a Inteligência Artificial constitui-se numa “oportunidade económica”, seja para a construção, para os serviços, para a indústria ou para a área dos serviços, referiu João Rui Ferreira. Esta ferramenta vai permitir antecipar cenários e ter uma perceção da transformação e dos acontecimentos de forma mais rápida evidente, disse. Como tal, “devemos não pensar nisto como uma moda ou como uma tendência económica, mas como uma oportunidade histórica para impulsionar a economia”.

Luís Marques Mendes foi outros dos oradores convidados. O advogado e comentador político considera que Portugal tem dois grandes problemas ao nível da demografia e da produtividade, sendo que “os baixos níveis de produtividade” podem ser colmatados com esta “revolução” que é a Inteligência Artificial. “Uma das grandes vantagens da Inteligência Artificial é o contributo notável que pode dar no plano da administração pública e das empresas para aumentar os índices da produtividade”, já que esta ferramenta significa apostar “na eficiência, rigor, gestão e, consequentemente, em bons resultados”, acrescentou.

A utilização desta tecnologia tem vindo a levantar questões de natureza ética e suscitou uma discussão à volta da respetiva regulamentação. Ainda assim, “é preciso haver cautela”, alerta Luís Marques Mendes. “Não podemos parar nem matar esta evolução”. “É preciso dar um passo em frente”, defendeu, notando que Portugal tem todas as razões para “não falhar perante o desafio desta revolução”, como “talento, recursos humanos e capacidade de inovação e evolução”. 

Além destes intervenientes, também o cofundador da ESI-Robotics, Gil Sousa, a administradora executiva da TMG, Isabel Furtado, a professora Catedrática na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Lisboa, Elvira Fortunato, o vice-presidente da ACEPI (Economia Digital Portugal), Pedro Santos e o professor Catedrático na Universidade Fernando Pessoa, Luís Borges Gouveia marcaram presença no evento e abordaram a transição digital como uma locomotiva. Apesar de todo o apoio que esta tecnologia vem oferecer aos diversos setores da sociedade e a centralidade que poderá ter nas diferentes rotinas, todos responderam de forma unânime que esta não poderá vir a ter emoções – uma preocupação transversal associada à humanização da Inteligência Artificial.

Note-se que o 5.º Fórum Económico Famalicão Made IN está inserido no programa comemorativo do 10.º aniversário do programa municipal Famalicão Made IN, lançado em 2014 com o objetivo de exponenciar a performance económica do concelho, promover a sua genética empreendedora, captar novos investimentos e auxiliar empresários e empreendedores no desenvolvimento de projetos empresariais.

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