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Santo Tirso

Santo Tirso 4.º município com mais adoções, Famalicão 2.º em eutanásias, mas Câmara contraria números do ICNF

Segundo os dados do Relatório Anual dos Centros de Recolha Oficial, divulgado pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, relativo ao ano de 2023, Santo Tirso destacou-se ao registar mais adoções e esterilizações de animais do que os municípios vizinhos de Famalicão e Trofa.

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Segundo os dados do Relatório Anual dos Centros de Recolha Oficial, divulgado pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, relativo ao ano de 2023, Santo Tirso destacou-se ao registar mais adoções e esterilizações de animais do que os municípios vizinhos de Famalicão e Trofa.

No Canil/Gatil Municipal de Santo Tirso foram recolhidos 1052 animais e 831 ganharam uma nova família, o que coloca o município como o quarto a nível nacional com maior número de adoções. Em comparação com o ano anterior, apesar do maior número de recolhas – mais 105 -, houve menos 53 adoções. Mas o maior aspeto relevado pelo município foi o aumento significativo nas esterilizações, 1452, mais 73 que em 2022 anterior. Deste número, 603 procedimentos foram realizados ao abrigo do Programa CED – Capturar, Esterilizar e Devolver, que visa controlar a população de gatos de rua.

Além disso, Santo Tirso continuou a priorizar a vacinação antirrábica, com 620 animais vacinados no âmbito do Programa Nacional de Luta e Vigilância Epidemiológica da Raiva Animal e Outras Zoonoses. A Câmara Municipal promove, anualmente, uma campanha de vacinação em todas as freguesias, que começa no mês de junho.

Alberto Costa, presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, enfatizou a importância de sensibilizar a população para a adoção consciente e para a prevenção do abandono de animais. “Queremos diminuir o número de animais que circulam nas vias públicas sem controlo”, mas para isso é necessário “sensibilizar a população para a questão da adoção consciente e para o não abandono de animais de companhia”, afirmou.

Santo Tirso identificou, ainda, 1622 animais através de microchips, o número mais elevado a nível nacional.

Ainda segundo o mesmo relatório, o concelho da Trofa registou cem adoções, uma diminuição de 78 em relação a 2022, e esterilizou 276 animais, menos 23 que no período homólogo. Já Vila Nova de Famalicão registou um aumento no número de adoções, com 767 animais adotados, um acréscimo de 256 em comparação ao ano anterior, e 691 esterilizações, mais 167 que em 2022.

O número recolhas também aumentou, com 1186 animais, refletindo uma necessidade crescente de controlo de animais errantes. No concelho da Trofa, foram recolhidos 221 animais, menos 87 em relação ao ano anterior.

Famalicão contraria número de eutanásias publicado pelo ICNF

Em Vila Nova de Famalicão registou-se um aumento muito significativo de animais eutanasiados, segundo o relatório do ICNF, que refere que, em 2023, foram 128, mais 105 do que no ano anterior. Número mais alto só em Cascais, onde foram executadas 163 eutanásias.

Estes números são, porém, contrariados pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão.

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Em resposta ao pedido de esclarecimento do JA, a autarquia de Vila Nova de Famalicão deu conta de que “foram eutanasiados 23 animais do CROA (12 cães e 11 gatos)” e que os restantes, “95 cães e 10 gatos” eutanasiados em 2023 “tinham tutor e recorreram aos nossos serviços devido à situação de final de vida dos mesmos ou agressividade extrema”. “Ambas as situações são justificativas do procedimento de eutanásia”, acrescentou.

A autarquia refere ainda que “os dados foram sempre enviados da mesma forma para o ICNF, com o esclarecimento entre animais eutanasiados do CROA e animais com tutor, por algum lapso colocaram erradamente os dados na página do ICNF, somando todos os valores”.

“É ainda de reparar que no anos 2023 até foram feitas menos eutanásias que no ano 2022”, sustenta.

Relativamente à Trofa, em 2023, registou-se uma diminuição para 15, menos 19 que no período homólogo anterior, enquanto em Santo Tirso foram eutanasiados três, menos 11 que em 2022.

*Atualizado às 12h16 de 15 de junho, com esclarecimento da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão.

Beatriz Soares/Cátia Veloso

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