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VN Famalicão: Empresa cria soluções para pôr máquinas a fazer bainhas e mesas de corte a separar as peças sem intervenção humana

A ESI Robotics, empresa de soluções de robótica e automação industrial sediada em Esmeriz, concelho de Vila Nova de Famalicão, vai receber meio milhão de euros do PRR para desenvolver duas células robóticas, que têm como objetivo automatizar processos no setor têxtil e do vestuário (STV).

Jornal do Ave

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A ESI Robotics, empresa de soluções de robótica e automação industrial sediada em Esmeriz, concelho de Vila Nova de Famalicão, vai receber meio milhão de euros do PRR para desenvolver duas células robóticas, que têm como objetivo automatizar processos no setor têxtil e do vestuário (STV).

O financiamento será proveniente do PRR TEXTP@CT, Pacto de Inovação para a Digitalização do Têxtil e Vestuário, que tem, no bolo global, 46 milhões de euros para contribuir para a maturidade digital do Cluster Têxtil Português e reduzir a dependência excessiva desta indústria, em particular do vestuário, na intervenção humana.

Uma das células desenvolvidas pela ESI destina-se à costura industrial, capaz de “desenvolver, por exemplo, bainhas e uniões laterais de peças –, contribuindo para a automatização do processo de costura”, explicou a empresa, em comunicado.

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“De todas as operações envolvidas no fabrico de vestuário, a costura é a mais intensiva em termos de mão de obra, representando até 40% do custo total. Além deste custo, o setor enfrenta um grave problema de escassez de recursos humanos qualificados, o que tende a agravar-se dada a falta de atratividade do trabalho para as gerações mais jovens”.

Já a outra célula está vocacionada para os processos de recolha após corte de tecido e terá como missão “extrair peças de mesas de corte e posicioná-las de forma a serem transferidas para o processo seguinte”.

“Atualmente, já existem no mercado mesas de corte, mas, no final do processo, normalmente são os operadores a retirar e a dividir as peças por tipo”, detalhou a empresa, que acrescenta que, com esta solução, será possível às têxteis introduzir um sistema capaz de “manipular as diferentes peças, movimentando-as de forma ordenada em áreas específicas, que posteriormente serão entregues aos processos seguintes”.

O objetivo deste projeto é desenvolver células de produção flexíveis que combinem robôs e operadores humanos. Assim, há a diminuição do volume de trabalho das pessoas que operam neste setor. Esperamos, por isso, o aparecimento de uma nova geração de colaboradores robóticos, que vão contribuir para o fabrico de vestuário”, refere Gil Sousa, cofundador da ESI Robotics.

Este PRR será implementado em parceria com o Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal (CITEVE) para testes e demonstração a outras empresas do potencial da automatização na indústria têxtil.

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